Ah, como eu gostaria de ter
dito Adeus.
“Dizem que, quando uma
pessoa completa sua missão na Terra, ela parte.
Como se não tivesse mais
nada a realizar aqui. Mas somos nós, que ainda permanecemos, que precisamos
encontrar sentido na dor, para que ela não nos aprisione e nos impeça de
enxergar o propósito de nossa própria jornada. E, por enquanto, o que nos resta
é paciência.
Paciência, acima de tudo,
conosco mesmos. Não há manuais, nem fórmulas prontas para atravessar o luto.
Ele é íntimo, único, moldado pela relação que tivemos e pelo vazio que ficou.
Forçar-se a mascarar essa dor para o conforto
alheio só prolongará o sofrimento, nos deixando presos em um labirinto do qual
será ainda mais difícil escapar.
Precisamos buscar apoio
naqueles que nos amam, tal como crianças que precisam de mãos firmes para
guiá-las por terrenos desconhecidos.
Permitamos que essas
pessoas nos ajudem a percorrer o caminho sombrio do luto, esse mistério
inevitável que todos enfrentaremos algum dia.
Lembremos, como disse C.S. Lewis após perder
sua Alegria, que a dor que sentimos hoje é o reflexo do amor e da felicidade
que um dia tivemos.
Passar por uma dor tão
profunda é como renascer. É atravessar um canal escuro e apertado, onde a luz
parece inatingível.
Mas, eventualmente, levantamos
a cabeça e percebemos o sol novamente. Outros sorrisos nos alcançam, outras
mãos nos seguram, e entendemos que não estamos sozinhos.
Que a perda, por mais única
que pareça, é parte de algo maior e universal.
Acima de tudo, percebemos
que os nossos entes queridos continuam a viver dentro de nós, no amor que
permanece.
E o maior presente que
podemos oferecer a eles é viver plenamente agradecendo pelos momentos que
compartilhamos e confiantes de que, um dia, estaremos juntos outra vez.
Text: autor
desconhecido
Photo by onkel Martin Scmoeltz
My parents* Meus Pais