25 junho, 2022

Para viver melhor, não se preocupe, se ocupe.

 


Para viver melhor, não se preocupe, se ocupe.

Ocupe seu tempo, ocupe seu espaço, ocupe sua mente.

Não se desespere, espere. Espere a poeira baixar, espere o tempo passar, espere a raiva desmanchar.

Não se indisponha, disponha. Disponha boas palavras, disponha boas vibrações, disponha sempre.

Não se canse, descanse. Descanse sua mente, descanse suas pernas, descanse de tudo.

Não menospreze, preze. Preze por qualidade, preze por valores, preze por virtudes.

Não se incomode, acomode. Acomode seu corpo, acomode seu espirito, acomode sua vida.

Não desconfie, confie. Confie no seu sexto sentido, confie em você, confie em Deus.

Não se torture, ature. Ature com paciência, ature com resignação, ature com tolerância.

Não pressione, impressione. Impressione pela humildade, impressione pela simplicidade, impressione pela elegância.

Não crie discórdia, crie concórdia. Concórdia entre nações, concórdia entre pessoas, concórdia pessoal.

Não maltrate, trate bem. Trate bem as pessoas, trate bem os animais, trate bem o planeta.

Não se sobrecarregue, recarregue. Recarregue suas forças, recarregue sua coragem, recarregue sua esperança.

Não atrapalhe, trabalhe. Trabalhe sua humanidade, trabalhe suas frustrações, trabalhe suas virtudes.

Não conspire, inspire. Inspire pessoas, inspire talentos, inspire saúde.

Não se apavore, ore. Ore a Deus! Somente assim viveremos dias melhores

 

Texto de Bruno Pitanga,

Doutor em neuroimunologia, neurocientista, professor universitário e palestrante


05 junho, 2022

O Tempo !

 


O Tempo

 

Sou do tempo em que minha rua

Se chamava Jaguaruna

Do tempo em que

só rádio existia.

Tamoio, Nacional do Rio de Janeiro

Guarujá, Diário da Manhã.

Notícias do Repórter Esso, Balança mas não cai.

O Direito de Nascer e de encher.

 

Do tempo em que nada corria ligeiro.

Do tempo da Ângela Maria que dizia:

"Para uma voz que encanta,

Pastilhas Valda na garganta"

e daquele comercial do

 "Melhoral que é melhor e não faz mal".


Do tempo em que as noites eram limpas

E se brincava de contar estrelas.

Porque tinha estrelas "prá" se ver,

e de tanto contar até se perder.


 Dos mágicos vagalumes em noites de luar

e dos sapos a coaxar.

E do amanhecer ouvindo os galos a cantar.

 

Do tempo dos grandes cantores

exímios tenores:

italianos, mexicanos.

Das letras com poesia

românticas havia.

Sem apelos sensuais

e de convites banais.

 

Sou do tempo da Lagoa formosa

"limpinha e cheirosa"

melhor na voz de Neide Maria Rosa.

Do tempo do Mira Mar

e da solitária Ilha do Carvão.


Tudo em vão.

Barca Quatro, Adolfo, Corvina,

Capa Preta, Velha Traça,

e da doce Lurdes da Loteria.


Quanta Graça !


Sou do tempo sim

mas vou chegando

até quando não sei

ou se ainda serei !

 

Text : De Elbe Duarte