Cause there's no place on earth where you'll find as much love.
Author Unknown.
Belas Imagens e reflexões de uma mulher, esposa e mãe. Beautiful Images and reflections of a woman, wife and mother. Schöne Bilder und Reflexionen einer Frau, und Mutter. Belles images et réflexions d'une femme, d'une épouse et d'une mère. Imágenes y reflexiones hermosas de una mujer, de una esposa y de una madre.
Gasta-se apenas alguns minutos para realizar
um casamento, mas espera-se um quarto de
século para realizar Bodas de Prata .
Há 25 anos no dia 02 de Outubro nos unimos pelos laços
matrimoniais e durante todo este longo tempo
compartilhamos juntos tristezas, alegrias, o nascimento de Luis Otavio
enfim tanta coisa...
Amar e viver a dois exige determinação, tolerância
e pratica diária...
Exige a entrega de si mesmo ao bem estar do outro...
Contigo aprendi a conjugar os verbos com o pronome nós.
Bem, agora a partir de 02 de Outubro iremos começar outros
vinte e cinco anos.. e quero estar aqui para poder
de novo celebrar este amor !
Bom, são muitas recordações,
mas tenha a certeza de que eu nunca as esquecerei.
Estarei sempre próxima a ti,
por mais 25 anos e por toda a eternidade.
Te amo sempre!
Helga
One spends only some minutes to carry through
a marriage, but expects one room of a
century to carry through Silver Weddings
marriage and during all this long time
we share together sadness, joys, the birth of Luis Otavio
and many other things ......
in a daily practice.
It demands to forget yourself exactly to the welfare of the other…
With you I learned to conjugate the verbs using the pronoun We .
twenty five years and I want to be here to be able
for a new golden celebration of this love!
There are many memories,
but be certain that I will never forget them and
I will be always next to you,
per more 25 years and all the eternity.
Helga
Nossos dias melhores nunca virão?
Arnaldo Jabor
Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido.
Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.
Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo.
Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar".
Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso.
Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia.
Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.
E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso.
Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente