Completude ( Carta Osho que escolhi )
“Este é o jeito Zen:
não dizer as coisas até o fim”. Isso precisa ser compreendido, pois é uma
metodologia muito importante. Não dizer tudo significa dar uma oportunidade
para que o ouvinte complete o que está sendo dito. Todas as respostas vêm
incompletas. O mestre só lhe terá dado uma direção... No momento em que você
chegar ao limite saberá o que irá permanecer.
Sendo assim, se alguém
estiver tentando compreender o Zen intelectualmente, irá fracassar. Não se
trata de uma resposta para uma pergunta, mas de algo maior do que a resposta.
Trata-se da indicação da própria realidade... a natureza do Buda não é coisa
muito distante: a sua própria consciência é a natureza de Buda. E a sua
consciência é capaz de testemunhar as coisas que constituem o mundo. O mundo
chegará a um fim, mas o espelho permanecerá, espelhando o nada.
Aqui, a última peça de
um quebra-cabeças está sendo colocada em seu lugar: a posição do terceiro olho,
o lugar da percepção interior. Mesmo no fluxo mutável da vida há instantes em
que chegamos a um ponto de completude. Nesses momentos somos capazes de
apreender o quadro completo, o conjunto de todas as pequenas peças que ocuparam
por tanto tempo a nossa atenção.
No momento da conclusão, podemos nos sentir
tanto em desespero - porque não queremos que aquela situação chegue ao fim -
como podemos nos sentir agradecidos e receptivos ao fato de que a vida é cheia
de conclusões e de novos começos.
O que quer que tenha
estado observando o seu tempo e sua energia, agora está chegando ao fim. Ao
concluir isso, você estará criando condições para que alguma coisa nova possa
começar.
Use essa pausa momentânea para celebrar ambas as coisas: o
encerramento do velho e a chegada do novo.
Ao escolhermos esta
carta para fechar esta série queremos também reafirmar a nossa crença de que
corpo, mente e espírito precisam governar nossa vida completamente fundidos num
só coração.
Só assim teremos paz, só assim seremos Unos com o Univers