Viver é
aprender a amar
Quem vive bastante e intensamente aprende a amar mais e ter
saudades do tanto que já amou. Quem vive bem e é bom nunca tem a sensação de
estar procurando coisas nos lugares errados.
Aos vinte anos somos um balcão de granito, depois uma vida em
poucos metros quadrados e finalmente
imensidão, mostrando que é necessário continuar sem loterias, pois tudo
que realmente importa vai ficando claro, sem apostas e um dia o prêmio acontece
atravessando a vontade da paciência na esperança de bom dia , boa tarde e boa
noite que se sucedem como música e silencio que toca o coração mostrando o sentimento de estar e ser.
Bebendo da alegria e
do prazer de fazer tudo no nada , sendo esperançoso no tempo da busca de um palavra, de um aceno,
um encontro para acabar com a culpa de não se sentir viver, sabendo que tudo é
um jogo de ganhar , empatar ou perder.
E perder pode ser o início da felicidade pela experiência
adquirida e a felicidade não deve ser esquecida mesmo sabendo que mudanças
produzem medos no porto do mundo onde o ruim é matéria para transformação.
Arranca as frases da parede e pensa sobre a vida com direito
a escolhas e dá graças pelo tempo bom ou ruim , medo e coragem havidos, fazendo
parte do tudo que se chama vida.
E no trem da vida
paramos em estações de encantamentos para um destino que nunca acaba para quem
é devoto das alturas e acredita que tudo
sempre tem um pouco de começo, num espaço sem porta que nos esconde o rebuliço
e as alegrias.
Não podemos comprar o tempo e tudo fala da emoção em estar
vivo e viver verdadeiramente, sem nos considerarmos escombros da existência. E
na existência percebemos que pessoas vivem dentro de nós e não se mudam.
Nós mudamos, mas, elas
permanecem como as conhecemos quando as amamos. Muitas vezes distantes e iguais
em nossa saudade e quando delas nos lembramos o passado volta e enternece o
presente.
Voltam os dias felizes em que o sol brilhava, o céu era de um
azul límpido e o vento nos acariciava mostrando a beleza e a história dos
nossos afetos.
É difícil ir embora de nós quando tanta gente marca nossas
vidas, quando tantas vidas com beleza especial, que só nós vemos, não se
despedem dos nossos caminhos ficando sempre presentes quando viajamos aos dias
que não voltam mais, com as lembranças dos momentos que voltam sempre.
Quando tomamos as
rédeas da vida a realidade nos afasta dos sonhos. Não deixemos que a realidade
da vida escureça os bons e belos dias que vivemos.
O tempo passa muito rápido, os anos se sucedem e depois de
muito tempo sentimos a vontade de voltar no tempo. Imersos nas saudades dos
tempos bons esquecemos os dias de céu cinzento, do sol escondido, da vida que
se mostrou triste.
Assim a vida sempre
será o que foi, o que passou e o que é agora, e devemos estar sempre intensos
em nossas alegrias.
Text : Luiz Alberto Silveira
Photo : by Helga
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