É preciso deixar ir até quem nos
abandonou
O deixar ir, encerrar uma etapa de nossa vida, não se
refere somente a dizer adeus a quem compartilha a vida conosco, num ato de
decisão ou coragem.
É possível que não seja você quem esteja
abandonando, pode ser que, na realidade, você tenha sido abandonado. Neste
caso, a ideia de soltar, de assumir essa ruptura e avançar de novo em frente, é
algo vital.
Devemos deixar ir quem nos
abandonou, por que ao não fazê-lo nós seguiremos
presos num infinito de emoções negativas que vão nos ferir cada dia mais. E
os responsáveis, nesse caso, seremos nós mesmos.
Fechar esse ciclo de nossa vida, no
qual ainda existe uma dor tremenda do abandono, requer tempo. O luto deve
ser vivido, chorado, assumido e, mais tarde, deve-se aceitar o ocorrido até ser
possível chegar a um perdão. Uma vez cauterizada a ferida, e quando
nos encontremos livre de cargas por ter podido perdoar, nos
sentiremos mais aptos para deixar ir com máxima plenitude.
Um abandono é a ruptura de um vínculo, e como tal,
devemos “retornar” a nós mesmos.
Até pouco tempo, tal laço era nutrido
pelo amor existente na relação. Agora que o cordão umbilical está partido,
devemos nos reencontrar, nos cuidar, e nos entender para
podermos reforçar o vínculo com a nossa autoestima, para voltar a olhar em
frente. Fortalecidos.
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