Aprendi a não bater de frente com quem só entende o que lhe convém!
Uma das coisas mais
desagradáveis que ocorrem é sermos mal-entendidos, quando o outro deturpa
nossas palavras ou nossas atitudes, descontextualizando-as e utilizando-as em
proveito próprio, enquanto nos coloca como o vilão da história.
A gente acaba
até ficando sem saber se nós é que não soubemos nos colocar ou se o outro é que
não sabe interpretar um texto.
Infelizmente, quanto mais tentarmos provar o nosso ponto de vista, quanto mais
nos explicarmos, pior ficaremos, porque quem não entende da primeira vez
raramente compreenderá dali em diante.
Quem se faz de bobo e de vítima jamais será capaz de assumir seus
erros, de se responsabilizar por seus atos, de se colocar no lugar de alguém.
Tentar fazê-los enxergar além de seu umbigo é inútil.
Na verdade, teremos que sempre ser verdadeiros e claros, com todo
mundo, pois, assim, quem nos conhece de fato e gosta de nós não se abalará com
as maledicências que alguém tentar espalhar sobre nossa pessoa.
Temos que ter a tranquilidade de que vivemos de acordo com o que
somos, sem dissimulações e meias verdades, para que a mentira alheia não nos
atinja nunca, tampouco possa ser levada em conta por quem nos é importante.
Eu costumava bater
de frente, quando entendiam errado o que eu dizia, quando maldiziam minhas
atitudes.
Hoje, não perco mais tempo tentando provar nada a ninguém, de jeito
nenhum.
O meu tempo é por demais precioso e resolvi aproveitá-lo fazendo o que
eu gosto, junto com quem me faz bem.
Hoje, tenho a certeza de que muitas pessoas só entenderão aquilo
que quiserem e da maneira que melhor lhes convier.
Não importa o que eu diga ou o que eu faça, muitas pessoas somente
interpretarão minha vida de acordo com o nível de percepção delas mesmas, para
que possam se justificar através dos erros que transferem ao mundo – segundo
elas mesmas, elas nunca erram.
Não tenho muito tempo livre, portanto, não
gastarei mais energia com quem não merece.
Vivamos!
Text: Marcel Camargo
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