Invisível Mulher !
Dizem que, a uma certa
idade, nós as mulheres nos fazemos invisíveis. Que nossa atuação na cena da
vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o
impulso dos anos jovens.
Eu não sei se me
tornei invisível para o mundo, mas pode ser. Porém nunca fui tão consciente da
minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida, e
nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.
Descobri que não sou
uma princesa de contos de fada; descobri o ser humano sensível que sou e também
muito forte. Com suas misérias e suas grandezas.
Descobri que posso me
permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter
fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às
expectativas dos outros.
E apesar disso…
Gostar de mim!
Quando me olho no espelho
e procuro quem fui… sorrio aquela que sou… Me alegro do caminho andado, assumo
minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas
deixá-la de lado porque agora me atrapalha.
Seu mundo de ilusões e fantasias, já não me
interessa. É bom viver sem ter tantas obrigações.
Que bom não sentir um
desassossego permanente causado por correr atrás de tantos sonhos...
A vida é tão curta e a
tarefa de vivê-la é tão difícil que quando começamos a aprendê-la, já é hora de
partir..."
Text : Blandinne Faustini
Photo : Helga
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